sexta-feira, 24 de julho de 2009

Gabriella – The Dark Thought parte5

Gabriella e Ricardo passaram a tarde toda no apartamento. Quando ele estava indo tomar banho, já que iriam a um show dali algumas horas, Gabriella entrou no chuveiro primeiro.

– Hei! Eu que ia tomar banho!

– Nada te impede.

–Ah não! Só você ai!

– Eu disse nada, certo?! Agora vem aqui ou eu vou ai, quero fazer isso sóbria.

O show era em um barzinho, daqueles mais alternativos. Chegando lá Gabriella e Ricardo se separaram, mas ela tentou não o perder de vista.

Algumas horas e algumas bandas depois Gabriella já havia ficado om algumas pessoas e Ricardo provavelmente também, mas ela não vira nada já que a tequila o tirou de seus pensamentos e da sua visão. O lugar estava lotado e ela tentava chegar ao bar mas tropeçou e quando estava se recompondo viu perto do bar Ricardo beijando uma garota, alias, beijar era pouco para nomear o que faziam. Ficou irada. Todo o papo de sem compromisso e até o conhecimento de que não gostava dele como ele gostava dela desapareceram. Conseguiu chegar até onde ele estava e ficou esperando aquele ‘beijo’ acabar. Demorou. Ela cutucou Ricardo no ombro, ele continuou beijando a garota, contudo abriu os olhos, e quando viu Gabriella seus olhos se tornaram verdadeiros pontos de interrogação. Ela fez sinal para que ele a seguisse e foi até uma área aberta do bar.

– Porra Ricardo! Que que você tava fazendo?!

– Como assim o que que eu tava fazendo?

– Com aquela vaca!

– Eu tava beijando aquela vaca caramba!

– Não tinha uma pior não?!

As exclamações evoluíram para gritos.

– Gabriella! Eu não to entendento o porque de tudo isso, todo esse stress.

– Pô a gente tava junto hoje mesmo!

– E dai?! Todo o papo de sem compromisso? Você é doida é?! Você ficou com outros garotos, por que eu não posso pegar umas?!

– Que merda eu vou embora!

– Ei! Peraí!

Gabriella, enquanto saia, chutou algumas cadeiras e empurrou algumas pessoas que estavam em seu caminho. Ricardo não foi atrás dela, esses acessos eram muitos comuns vindo de quem vinha, ele sabia que ela iria para casa e, cedo ou tarde, ligaria se o orgulho permitisse, caso contrario ele não se importaria em ligar. Ele pareceu hipnotizado por um instante, o que exatamente se passava por detrás daqueles olhos é impossível de saber, mas um sorriso chegou a sua boca e levou-a de orelha a orelha.

Como esperado Gabriella ligou para Ricardo, mas com palavras que ele não contava com.

-- Alô?

-- Oi Ri, tudo bem?

-- Tudo e você?

-- mais ou menos, né? Sabe, desde aquele dia...

-- Desde o seu escândalo..

-- Olha, eu não queria fazer aquilo, eu me descontrolei, não deu pra segurar. – silêncio apenas – Ri? Você ta ai?

-- To.

-- Achei que tinha desligado, sei lá.

-- Não, eu tava escutando cuidadosamente pra ver se você ia falar o que você deve.

-- Falar? O quê?

-- Me pedir desculpas.

-- Ah. É... você não devia... você me provocou também, né?!

-- Eu não, de jeito nenhum.

-- Ta. Desculpa, ok? – proferiu as palavras bem rápido – Agora, eu não quero continuar nisso.

-- No quê?

-- Nessa casualidade toda.

-- E o que você quer fazer?

-- Voltar a ser só amigos.

-- O quê?

-- É, só amigos. Porque senão toda vez que a gente sair as chances de eu não me divertir e não deixar você se divertir são muito grandes. Eu não quero isso, você quer?

-- É que...

-- O quê?

-- Nada, esquece.

-- Mas tudo bem pra você, né?!

-- É, tudo sim. Era só isso?

-- Era sim.

-- Então tchau.

-- Tchau Ri, beijo. Ah, tem uma festa hoje, vou mandar o endereço pro seu celular, ta? Você passa aqui?

-- Ta, passo sim. Beijo.

Gabriella se sentiu triste, pensou que ele lutaria mais, ele não devia gostar tanto dela quanto os outros diziam.

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